domingo, 3 de julho de 2011

CRITICOS E CRITICAS

Queiram ou não os seuscríticos, Muricy Ramalho é, comprovadamente, a maior competência técnica do futebol brasileiro. Queiram o não os seuscríticos, Dilma foi elegante, autêntica e honesta na sua carta aberta ao Fernando Henrique Cardoso. Eu também não votei nela. Parabéns, presidente.Queiram ou não os seus críticos, o Ministro Joaquim Barbosa é um exemplo de decência, ética e dignidade  no STF.
Disfunção erétil, ejaculação precoce, baixa estima e falta de libido feminina: www.sexoclin.com
Queira ou não os críticos FALSOS MORALISTAS, a sexualidade deve ser discutida e falada abertamente, sem falsos pudores. As pessoas possuidoras de problemas, de ordem sexual, precisam saber tudo sobre o assunto, principalmente como se livrarem deles.


Questionando as críticas e os críticos

Há tempo venho pretendendo escrever sobre este assunto, que levo agora à sua apreciação.
O que é uma crítica?
Em princípio entende-se que deve ser a disposição, inicial, do próprio autor de alguma obra em analisá-la, observá-la, procurar defeitos, erros e equívocos, antes de disponibilizá-la ao público. A primeira crítica deve ser feita pelo autor.
Mas é possível e natural que ele, por ser o criador da obra, não consiga detectar os possíveis erros e equívocos, sobretudo no relacionado a detalhes que são coisas da sua cabeça, da sua forma de ver, que ele pensa ser o certo, mas que, na visão geral, não é bem assim.
Aí entramos naquele campo de o que é verdade e o que é apenas uma opinião pessoal.
Até aí tudo bem, visto que toda criatura, no seu exercício de liberdade de expressão, tem o direito de escrever verdades e também de emitir opiniões pessoais e sua forma de ver as coisas.
Conclui-se, até aqui, que ninguém está inserido em crime, por manifestar a sua opinião pessoal sobre nada.
A expressão do “achismo”, ou seja, escrever aquilo que a gente acha, é livre e ninguém peca por isto. O achismo é algo que depende do nível mental, psicológico, cultural, nível de informação e coeficiente de inteligência de quem acha.
Há quem acha que o homem nunca foi à Lua, que a estória de Adão, Eva e a Cobra é verdadeira, que foi Suzana quem matou PC Farias, que Lampião era bandido, que todos os papas mortos foram dignos do título de santos, que todo baiano gosta de pimenta... etc.
Há quem ache também que o homem tem o direito de ter várias mulheres, mas mulher nenhuma tem direito de ter mais de um homem e até, muito pelo contrário, deve ser submissa ao seu dono. Na minha opinião pessoal e, creio, na da grande maioria dos meus leitores, ocidentais, isto é um absurdo, uma tremenda irracionalidade e um primitivismo sem tamanho. Ninguém pode ter dono.
Há quem ache que afirmar “eu bebo socialmente” e “eu fumo por esporte” minimiza ou neutraliza os efeitos nocivos do alcoolismo e do tabagismo em seu organismo e ofusca a visão de quem está observando os ridículos promovidos pelo bêbado e os incômodos fedorentos da nicotina.
Enfim, o achismo é livre.
O grande problema é o AFIRMAR, porque aí implica em responsabilidade séria, de quem está afirmando. Toda afirmativa agressiva e ofensiva deve ser levada à esfera da polícia e da justiça, a fim de que esta irresponsabilidade tenha fim.
E onde é que entra o crítico, neste contexto?
Em princípio a pessoa crítica acha que ela é possuidora do conhecimento absoluto do assunto, sobre o qual está criticando, e sempre imagina que o autor da obra seja absolutamente analfabeto nele.
Para eu criticar, por exemplo, a forma utilizada por um determinado médico para curar problemas de coração dos seus pacientes, é fundamental e indispensável que eu entenda muito bem de Cardiologia, não é verdade?
Mas... se eu, também, me graduei em medicina, eu poderia fazer a crítica?
O fato de ser médico não implica em que seja necessariamente cardiologista, posto que eu poderia ser um oftalmologista, ginecologista, pediatra ou de outra especialidade que não entende de coração.
Ainda que eu tivesse optado pela Cardiologia, necessário seria que tivesse pós-graduação, participação ativa em Congressos, interesse e disposição em formar bibliotecas atualizadas sobre a especialidade e acompanhar toda a tecnologia de equipamentos, métodos e substâncias utilizadas no tratamento do coração.
Imagine o ridículo que eu me exporia, tendo apenas concluído o curso básico da Faculdade, que me facultou apenas o direito de exercer a Medicina, a ter ilusoriamente o título de “doutor”, sem nunca ter feito doutorado algum, acomodando-me em um consultoriozinho, recebendo dinheiro de consultas e as mixarias pagas pelos planos de saúde, me atrevesse a criticar um método adotado por um colega muito mais dedicado, que se aperfeiçoou, nunca parou de estudar e pesquisar, acompanha a tecnologia e os avanços da especialidade e utiliza-se de métodos modernos, mais eficientes e eficazes do que aquilo que o meu atraso cultural utiliza.
Isto acontece demais, meus amigos.
O pior e mais lamentável é que tem gente se dispondo a criticar o procedimento sem ao menos ter feito o elementar curso de medicina!
Foi apenas uma ilustração, para você entender onde eu quero chegar.
O ato de criticar deveria ser um ato nobre, com objetivos de auxiliar os autores das obras a melhorá-las e aperfeiçoá-las. Seria aquilo que chamamos de crítica construtiva.
Mas não é o que se vê, na prática.
Muitas pessoas adquirem aquilo que se pode chamar de vício da crítica, ou seja, assumem uma mania de criticar por criticar, sem base alguma, e ainda tem o cinismo de utilizar-se do velho jargão: “minha crítica é construtiva”.
Não é construtiva não, é destrutiva mesmo, é produto de irresponsabilidade, é problema pessoal e muitas vezes é inveja mesmo.
Se fizermos uma enquete nas ruas, tipo essas que a Globo faz, e perguntarmos qual a cidade que as pessoas mais gostam, se é Londres ou Paris, não tenhamos a menor dúvida de que a maioria irá dar a resposta, sim, optando por uma das duas cidades. Pouquíssimos dirão:Não posso lhe dar esta resposta, porque nunca fui à Londres e nem a Paris”Seria o ideal e o coerente.
O vício da crítica é terrível, a mania do ter que dar uma opinião é uma triste doença da criatura humana.
Muita gente julga as pessoas pela sua cara, por uma coisa que ela tenha dito ou escrito, pela sua roupa, pelo seu corte de cabelo que não lhe agradou... enfim, por um detalhe e não pelo seu todo.
E daí forma as suas críticas.
Muitas mulheres dizem: “O meu marido é o pior marido DO MUNDO.
Ah, se ela tivesse um marido do tipo daqueles que existe nas mais radicais regiões árabes, do mundo islamita. Certamente iria parar de falar besteira e talvez até achasse o dela um anjo.
E daí forma a sua crítica sobre ele, e muitas outras pessoas, que não a conhecem bem, terminam indo na onda.
Você já deve ter escutado ou lido, muitas vezes, pessoas dizerem: “A Globo é a degradação da família brasileira, é um antro de imoralidade...”.
Aí você, no seu equilíbrio e independência de opinião, toma a seguinte decisão: “Eu vou dar uma observada melhor e bem criteriosa na programação da Globo, desde as cinco horas da manhã até a meia noite, de segunda a domingo”.
Vai constatar inúmeros programas úteis, informações valiosíssimas, dicas que previnem o bem estar da nossa saúde e o maior volume de produção educativa de toda a televisão brasileira, com produção didática de primeiríssima qualidade.
Se observar bem, vai perceber que, entre as principais emissoras, a Globo é a que possui o maior conteúdo cultural e a que tem menos aquilo que se chama baixaria.
É quando vai constatar, também, que o autor da crítica a formulou porque viu um casal, numa novela, em ato sexual, uma filha dizendo desaforos para um pai, um momento do tal Big Brother que, pelo menos na minha opinião, é um programa besta mesmo, etc...
Uai, e o restante do conteúdo?
Só nesta citação que fiz sobre a Globo, vai aparecer o crítico que não se dará ao trabalho de observação que sugiro, para ele mesmo verificar o que de fato existe, limitando-se a chamar-me de puxa-saco da Globo. É sempre assim.
O crítico, na maioria das vezes, é uma pessoa desequilibrada, frustrada, traumatizada com alguma coisa, invejosa, de pouca ou nenhuma capacidade de produzir algo e utiliza-se da sua crítica muitas vezes por uma necessidade de conseguir alguma evidência.
Carlos Imperial apresentou uma idéia que muita gente se aproveitou:
- "Se você não tem capacidade de produzir merda nenhuma, diga que um homem famoso é viado. O cara vai lhe processar, o seu nome vai entrar na mídia, depois você pede desculpas, mas fica famoso."
A criatura crítica, quase toda, necessita de tratamento psicológico e, em muitos casos, até mesmo psiquiátrico.
A mulher ou homem que tem a sua sexualidade mal resolvida sempre aparece para criticar e taxar como imoralidade, indecência e prática pecaminosa tudo aquilo que se escreve, se mostra ou se debate acerca de questões ligadas ao sexo.
Este detalhe, especificamente, que eu estou dizendo não é apenas achismo meu, é comprovação. Quem quiser que se disponibilize a pesquisar, a observar e a analisar cuidadosamente os casos. Não é muito difícil, basta você conseguir estabelecer amizades com os próprios filhos, que serão os primeiros a lhe dizer como o seu pai ou sua mãe, críticos e falsos moralistas contumazes, vivem intimamente dentro de casa. Carência total. É de dar pena.
Você já observou o crítico de cinema?
Sinceramente, na minha opinião, é um dos críticos mais inúteis que já vi. Em determinada época, por algum tempo, eu resolvi procurar assistir, de propósito, todos os filmes que eram condenados pela tal crítica “especializada”, para comparar.
Em maioria eram filmes ótimos, que me agradaram muito.
Conheci um crítico de cinema, colunista de um jornal, que não suportava o Charlton Heston, famoso ator americano (foto ao lado). Dizia, nas suas colunas, que “Ben Hur” não mereceu a quantidade de oscar que recebeu, “Os Dez Mandamentos” foi uma porcaria, enfim, todo filme que o referido ator trabalhava, para ele, era uma porcaria. Depois vi uma outra dessas "entendidas" que fez a mesma coisa em relação à Demi Moore.
Neste campo crítico tem alguns casos que são até engraçados, além de absurdos.
Em determinado momento você resolve escrever sobre a questão da “justiça” brasileira, que vê com os seus próprios olhos, com base nas informações que tem, pelo que está escancarado mostrado pela imprensa, nas pesquisas que faz, no acompanhamento da realidade do seu país, que não é coisa apenas do seu conhecimento e sim de milhões de pessoas.
Os leitores manifestam as suas opiniões sobre o artigo.
Aí um determinado leitor, que é advogado, apenas bacharel em direito e não doutor, como imagina que seja, escreve lhe baixando o cacete, dizendo que você foi um “desastre”, naquela matéria, que você não entende NADAde direito e de justiça, que você  falou besteiras e ainda chega ao absurdo de querer lhe calar a boca, sobre aquele assunto:
- "Acho melhor você escrever somente sobre o assunto tal, porque sobre este você só fala besteira".
Ao mesmo tempo o escritor recebe várias outras manifestações de desembargadores, juízes e vários outros advogados ilustres e respeitáveis, muitos doutores de verdade... com doutorado..., inclusive personagens de reconhecimento nacional, no campo jurídico, parabenizando, dando o maior apoio e concordando com as colocações.
Aí o crítico contestador, para não ficar por baixo, mergulhado no seu orgulho e no seu espírito presunçoso, começa a afirmar que TODOS os outros advogados, juízes e desembargadores que lhe deram apoio, que parabenizaram e elogiaram a sua matéria são analfabetos, desinformados, burros e não entendem nada de direito e de justiça. Ele não sabe quem são as pessoas, mas julga assim mesmo, imbuído que está de um espírito de querer diminuir a pessoa, a qualquer custo.
Na cabeça dele, só ele entende de direito, mais ninguém.
Aí você começa a pesquisar, junto ao mundo jurídico da sua cidade, (hoje é fácil conseguir isto) e toma conhecimento que ele não é nenhum dos profissionais de destaque local e não passa de, simplesmente, mais um advogado que nem fede e nem cheira.
O crítico é radical e muitas vezes extremista. Você diz “alho” e ele, com a sua mente congelada, quer entender que seja “bugalho”, e por aí vai.
A partir do momento em que ele lê um artigo seu, manda-lhe uma mensagem contestando, colocando a sua opinião pessoal como “verdade”, presunçosamente passa a exigir que você acate a sua opinião e passe a pensar e voltar a escrever como ele quer. Aí você contesta e se recusa, que é quando ele passa a criar animosidade em relação a tudo o que você venha a falar e escrever.
Se chega uma nova obra sua, ele já se arma e condena, antes de ler, começando a imaginar que tipo de contestação vai fazer, pois, tem que contestar, de qualquer maneira.
O crítico, quando adepto da sua mesma crença religiosa ou filosófica, começa a apelar para este lado, dizendo que você está mal influenciado espiritualmente, está precisando rezar ou orar, está faltando com a caridade ou a fraternidade com os outros... enfim, procura lhe envolver de todas as formas, só porque a sua obra não atendeu, em tudo, aquilo que a sua cabeça quer. Chega a dizer que você não está bem emocionalmente, e desta forma cria a animosidade. Vira um desafeto, um inimigo com todas as letras.
O crítico radical e extremista lê um livro e, por não gostar de um trecho ou uma citação do mesmo, passa a condená-lo INTEGRALMENTENada mais, presta no livro. O livro TODO é uma porcaria.
O pior é que, na maioria das vezes, ele nem lê o livro, apenas tira conclusão na base do “ouvi dizer”.
Depois, quando você procura ler a obra, vai perceber que, de fato, pode ter alguma coisa questionável, que deixa dúvidas e que talvez até você também não concorde; mas vai perceber, ao mesmo tempo, que na mesma obra existem coisas maravilhosas, interessantes e muito boas. É quando pergunta a si mesmo: - "Será que esse imbecil não conseguiu ver nada disto?"
É muito comum a existência desse tipo de criatura que condena o TODO e que afirma que NADA do que o seu criticado faça preste.
Como é que a gente pode respeitar uma criatura dessa?
É diferente do crítico sensato, justo, coerente e criterioso que se manifesta mais ou menos assim:
- “Não gostei apenas daquela citação que você fez, no parágrafo tal, mas o artigo, em geral foi bom e você colocou muitas coisas boas.”
- "O livro tem algumas coisas que eu não concordo, mas também tem muita coisa boa."
Pode não ter gostado, o que é um direito, de uma, duas três ou mais colocações, que é natural.
Claro, que pessoas assim merecem atenção, respeito, consideração e que as suas críticas... estas, sim, construtivas... merecem ser observadas com carinho, o que não quer dizer que sejam necessariamente aceitas e absorvidas, porque muitas vezes é questão de estilo, apenas, e não de coisa errada.
O radical diz: - "Você não admite crítica! só aceita quem concorda contigo e vive lhe elogiando".
Não aceita críticas maléficas de radicais, extremistas e preconceituosos, mas de gente sensata, aceita sim, e com muito interesse.
Tem também a questão da linguagem popular e a expressão mais conhecida por todo mundo, que é apenas uma questão de estilo e não tem nada a ver com expressão desrespeitosa, muito menos agressiva.
Eruditismo numa escrita não quer dizer que a obra venha constituída de intenções nobres e muito menos de espírito puro, por parte de quem escreveu.
- “... e o senador, na sua philia com a jovem auxiliar direta, culminou por estabelecer intercâmbio cupidíneo com os seus órgãos reprodutores.”
Ora porcaria, por que não dizer que o senador transou com a secretária? Pra que essa frescura?
O crítico perturbado vive num processo tão enlouquecido que acha que o seu criticado tem que passar a pensar igual a ele, não admitindo ser contestado, fica com raiva e começa a partir para a ofensa do criticado, chamando-o de ignorante, subestimando TODOS os seus conhecimentos, tentando rebaixá-lo à total insignificância.
Quando o criticado não dá o braço a torcer, aí, então, ele vira inimigo e inicia um outro processo, que é o de tentar diminuir a pessoa,  pelos meios que tem acesso.
Alguém deveria escrever um livro acerca deste assunto, porque o tema é vasto demais e tem exemplos impressionantes que devem ser citados. Eu mesmo tenho inúmeros exemplos, que transformaria este artigo num volume muito grande.
Sugiro às pessoas que realizam alguma obra, que, pelo amor de Deus, não se desanimem e nem se deixem abater por conta das opiniões de críticos. Que se saiba analisar o nível emocional e de equilíbrio do crítico.
Não é que passem a ter a pretensão de querer agradar a todos, porque isto é impossível, e nem esperar que não haja crítica nenhuma ao seu trabalho, o que seria ingenuidade. Mas ter tranqüilidade suficiente para avaliar, friamente e sem amores exagerados, as repercussões e os retornos que recebe sobre a sua obra, sem se deixar enganar, mas avaliando matematicamente os números que vem do público.
Por exemplo: Se você cria um produto que recebe a reprovação de oitenta por cento do público, não tem nem o que questionar e deve mudar esse produto imediatamente. A não ser que seja um produto bom, que tenha um manual de instruções que não foi bem elaborado, que não foi bem entendido pelo público consumidor, que não pode utilizá-lo como o esperado.
Se a reprovação é de cinqüenta por cento, não é o caso de abandonar totalmente, mas vale a pena dar uma analisada boa. Se metade aprovou é sinal que tem coisa boa, mas muita gente reprovou.
Mas se consegue aprovação de mais de noventa por cento, percebe aumento considerável do público interessado no seu produto e vê o seu produto ser passado adiante sempre, não quer dizer, ainda, que você seja uma perfeição, mas que o problema deve estar com o crítico, minoria, isto é a maior de todas as probabilidades.
Resumindo: Crítico não é, necessariamente, uma criatura útil para você e nem é de bom alvitre que você entenda como verdadeiro aquilo que muita gente diz: "Os críticos nos ajudam a melhorar o nosso trabalho". Mentira, a maioria não é. O que a maioria dos que lhe criticam quer mesmo é lhe desestimular, lhe diminuir porque, geralmente, não possuem capacidade de produzir o que você produz. A maioria está mesmo inserida naquilo que eu disse neste artigo.
Existe, sim, o crítico construtivo, o que nos auxilia a melhorar e nos ajuda mesmo a crescer, mas esses são poucos, pouquíssimos.
O melhor que temos a fazer mesmo, em relação a muitos, é mandar que vão assoprar o traseiro de um bode, até desentortar os chifres.
    
Para a apreciação de todos.

Com um forte abraço.  


 Alamar Régis Carvalho

MENTES E CULTURAS

De: Alamar Régis Carvalho
Para: Francisco das Chagas Silva
Assunto: Mentes, culturas e níveis diferenciados
Chasil: As pessoas são iguais nos direitos humanos, mas não são iguais em inteligência, discernimento, percepção, qualidade de pensamento, cálculos, visões... etc...



Mentes, culturas e níveis diferenciados

Quero fazer um pedido especial ao meu leitor:
Não leia esta matéria como um artigo, porque, talvez, você possa achar grande demais. Leia como se fosse um livrinho, de apenas 10 páginas, porque aí já passa a considerar pequeno demais, que dá pra ser lido de uma vez só.


Eu já escrevi sobre este assunto, mas nunca é demais voltar a falar sobre ele, haja vista o estrago que a diversidade de níveis de pessoas causa no relacionamento entre as criaturas.
“Todas as criaturas são iguais!!!!”
Mentira. As criaturas não são iguais. A frase do jeito que está é vaga e é preciso que aquele que a pronuncie a complete, respondendo a uma pergunta: São iguais em relação a quê?
Se em relação aos direitos ao Sol, ao ar que respiramos, aos direitos de expressão, de ir e vir, à liberdade e a esses direitos constitucionais e humanos, não tem o que discutir, porque é fato que todos somos iguais.
Mas vir a dizer que todos nós somos iguais em inteligência, nível mental, espiritual, moral, dignidade, percepção, discernimento, cultura, cálculo, talento... etc. não faz o menor sentido e só mesmo a demagogia do interesse do "ter que ser político" para concordar.
As pessoas não são iguais e a realidade é que existem muitas que têm cérebros praticamente como cérebros de galinha, ou de minhoca, sem que o dizer isto carregue qualquer intenção de ofender quem quer que seja, apenas registrar a existência do fato, caracterizado pelo que sai da cabeça de muita gente.
Mas, infelizmente, a gente vive num mundo de demagogia exacerbada que, mesmo sabendo de certas realidades, temos que ficar submissos à cultura do “isto é verdade, mas não se deve dizer”.

Atenção precipitados críticos de plantão, certamente inseridos no contexto do artigo: Ao optar por escrever sobre este tema, eu não estou querendo dizer que sou inteligente e os outros são burros. Não é isto, o artigo não tem este objetivo e sim, apenas, abordar o assunto para a apreciação e discernimento de todos.
É bom deixar isto claro porque toda vez que escrevo sobre tema semelhante sempre aparecem alguns para dizer que estou me julgando inteligente e chamando todo mundo de burro.  

Você já deve ter convivido, ou talvez conviva ainda, com pessoas as quais é preciso a gente ter muita paciência para manter um relacionamento pelo menos saudável, tamanha as suas limitações mentais, visões estreitas e mentes atrofiadas.
São aquelas que você diz que são umas verdadeiras “antas”, embora as antas e outros animais não mereçam ser comparados com determinados níveis de mediocridades.
Vamos, então, procurar aprofundar o assunto, exemplificando vários tipos de pessoas, para que tudo fique muito bem entendido.

 Se escorando na idade

Há pessoas que acham que, pelo fato de ter muita idade ou tempo inserido em determinada coisa, possuemmuita experiência e podem dar opinião sobre tudo e até influenciarem em decisões.
- “Eu tenho mais de trinta anos fazendo isto e não é você quem vai querer me ensinar”.
Grandes coisas.
Muitas pessoas passam muitos anos em determinada atividade, mas exercendo-a intensamente, transitando por todos os escaninhos dela, adquirindo conhecimento e habilidade nos seus diversos setores, habilitando-se, estudando, experimentando e vivenciando-a mesmo, pra valer.
Mas há outras que não fazem outra coisa senão, apenas, passar anos “indo lá”, ocupando o seu tempo com nada e, pra variar, fazendo fofocas e apenas ocupando espaços, nada mais. Em tudo quanto é segmento tem gente assim. 
É aquela criatura que, intimamente, sabe muito bem que não tem experiência nenhuma, não tem competência, mas, para alimentar alguma auto-estima, se vê necessitada de “impor” uma autoridade e conhecimento que não tem.
É uma necessidade psicológica: Eu tenho que parecer que tenho o que não tenho e que sou o que não sou.
Idade e tempo em alguma coisa não quer dizer necessariamente experiência e muito menos competência.

 Procurando sempre um lado negativo da coisa

É aquela pessoa que, por não ter argumentação sensata, começa a dizer “me senti ofendido” com o que fulano disse ou escreveu.
Você fala ou escreve, querendo dizer uma coisa, ela entende como se fosse outra. Você fala alho, ela entende bugalho. Ela é mestra em interpretações venenosas das coisas, sempre entende tudo pelo lado negativo, pelo lado ruim.
Se você utiliza uma palavra mais popular, ela qualifica como linguagem chula, termo desrespeitoso, agressivo, etc...
Segundo a psicologia, ela já é uma criatura em constantes auto-agressões, ferida por ela mesma e, quando um fato extra acontece, apenas faz uso dele, colocando-o como a flecha que lhe causou o sofrimento.
Se você diz: “Esta repartição está cheia de ladrões”, com certeza quem não é ladrão não vai estar nem aí para o que você disse, porque entra num ouvido e sai em outro. O máximo que vai dizer é: “Seria bom que você pudesse apontar quem são os ladrões aqui.”
Quer saber verdadeiramente quem é ladrão e de fato tem problema? Eis aqui:
- “Me senti ofendida!”.
- “Você vai ter que engolir o que disse”
- “Eu vou te cobrir de porrada, por ter dito isto”.
É como se diz: Aí tem coisa.
Há pessoas que vivem procurando flechas pelo ar, para pegá-las e enfiar no seu próprio peito, e depois dizerem que alguém as lançou contra elas.
   
 A que se faz de vítima sempre

Você escreve, sempre, matérias, artigos e mensagens para milhares de pessoas, mas tem sempre aquela que lhe retorna assim:
- “Eu não admito que você fale assim comigo. Pensa que eu não sei que você escreveu aquilo foi para mim? e não venha querer dizer que não foi.”  e baixa o sarrafo, na convicção de que o tema foi escrito exclusivamente para ela e que nenhum dos outros milhares de leitores têm importância alguma para o escritor. O pior é que não é fácil convencê-la de que o assunto foi para um público geral. É gente que, certamente, porta o problema que o artigo expôs. Uma carapuça serve em muitas cabeças e quando um escritor ou expositor cita o fato é porque sabe que ele existe em muita gente.
Por que determinada pessoa morre de raiva da Globo? Porque vê o vilão de determinada novela fazer exatamente aquilo que ela faz no dia-a-dia, sabe que o personagem é bandido e a sua consciência faz a auto-denúncia, com um grito dentro da sua cabeça: “Você também é bandidooooooo!!!”
O bandido Cortez, da novela das 9, é o retrato de muitos que existem no Brasil. O bandido Leo também.

 O extremista

Já falei sobre este tipo de gente, mas repito sempre, já que tem gente demais inserida neste contexto.
É aquela criatura de mente tão estreita, que chamamos de “oito ou oitenta”.
Aquela que quando você questiona, por exemplo, porque pintar a parede de cor branca, ela interfere logo e abre a sua boca imbecil para dizer que você está, então, querendo pintar a parede de preto.
Vamos procurar entender bem os diversos tipos de mentes. Para isto eu preciso ilustrar bem e vou usar uma didática que acho que todo mundo vai entender.

 Pessoa nível 1
Esta pessoa só consegue ver, depois do número um, o número dois.
Assim: 1 ........ 2.
A visão mental dela é sempre assim, depois do um ela só consegue ver o dois, porque não há exercício para enxergar o que tem entre os dois números. Daí o seu cérebro de galinha ou minhoca.

 Pessoa nível 2
Esta já é menos ruim, que já tem um cerebrozinho que começa a melhorar. São as que vêem assim:
1 – 1,1 – 1,2 – 1,3 – 1,4 – 1,5 – 1,6 – 1,7 – 1,8 – 1,9 – 2.
Já raciocinam um pouco, visualizando dez alternativas entre o um e o dois.
Já tem um cérebro de peru, vamos dizer assim.

 Pessoa nível 3
Esta já consegue ampliar mais a sua visão. Já consegue ver cem elementos entre o 1 e o 2:
1 – 1,01 – 1,02 – 1,03 - ... – 1,99 – 2.

 Pessoa nível 4
Esta já tem visão mais ampliada ainda. Consegue ver mil elementos entre o 1 e o 2.
1 – 1,001 – 1,002 – 1,003 - ... – 1,999 – 2.

E desta forma o nível de visão das pessoas varia muito, em função de uma série de fatores: exercício, inteligência, lógica, coerência, disposição de pensar, processamento, sensatez, etc...
Existem pessoas tão especiais, cuja visão alcança uma profundidade enorme.
1 – 1,0000000001 – 1,0000000002 - ... – 2.
Seriam as pessoas que, didaticamente, poderíamos chamar de nível N.

Daí fica muito difícil uma pessoa de nível 1 dialogar com uma de nível N, posto que não vai entender o que a segunda vai dizer, ou melhor, vai entender tudo errado e distorcido. Qualquer coisinha vai se sentir ofendida, vai entender alhos por bugalhos, etc.
Diante desta realidade, como é que alguém pode abrir a boca para dizer que as pessoas são todas iguais? Não são mesmo.

Nós convivemos com muita gente cérebro de minhoca

Vou dar alguns outros exemplos, para um melhor entendimento e para você identificar exatamente quais tipos de pessoas sobre as quais estamos falando.

 Caso 1
A menina que não agüenta as algemas que a mãe costumeiramente lhe impõe, pelo super-protecionismo, quer ter um pouco mais de liberdade, se aborrece, discute e se recusa a submeter-se ao regime de rédeas que lhe são impostas pelos pais. Há pais que são omissos mas há outros que exageram.
O que diz a mãe?
- “Você está querendo e me matar. Você quer me ver no caixão e vai ver, não vai demorar”.
Trata-se de uma visão nível 1. Na cabeça dessa mãe as alternativas, se não for 1 só pode ser 2, ou seja, “oito ou oitenta”.
O que a menina quer é APENAS um pouco mais de liberdade, mas ela apela logo dizendo que a filha quer LHE MATARRRRRR!

 Caso 2
Você discorda de certas normas absurdas, exageradas e desnecessárias, impostas pelo condomínio de onde mora, gerido por um despreparado que elegeram como síndico. Ninguém quis o cargo e um qualquer assumiu.
Qual a reação do síndico e de outras pessoas, mentes de minhoca?
- “Está querendo bagunçar aqui no prédio, está querendo fazer algazarra, está com rebeldia, não admite disciplina nem obediência às normas”.
Você apenas discordou de um ponto, mas sempre acham isto. Não é apenas em condomínios que acontece isto não, em vários lugares. Sempre apela para dizer que você está faltando com a disciplina e praticando a desobediência.
O policial mente de minhoca acha sempre que você está em "desacato à autoridade". Não sei que autoridade é essa que ele acha que tem.

 Caso 3
O ambiente é sombrio, triste, sem graça, sem alegria nenhuma e você sugere que seja colocada uma música, para alegrar mais.
Qual a reação do mente de galinha?
- “Não vai querer botar um trio elétrico aqui não? Isto aqui não é carnaval! Se você quer fazer carnaval aqui, pode tirar o cavalinho da chuva, porque não vamos permitir.”
Falta cérebro para entender que entre o 1 e o 2 existem muitos outros números.

 Caso 4
A novela mostra uma cena, absolutamente comum no dia-a-dia, que é um filho agredindo os seus próprios pais, com palavras pesadas, além de inúmeras outras cenas desagradáveis, mas reais, que mostra.
Qual a reação?
- “A Globo está querendo DESTRUIR a família brasileira. É um antro de imoralidade”.
A novela, assim como o livro e o expositor, retrata aquilo que existe na vida real. Na maioria das vezes quem reage assim, pode ter certeza de que o lar não é essas harmonias todas não. Basta observar.

 Cena 5
Você escreve alguma coisa elogiosa à atual presidente, do PT, ou a alguma atitude dela ou de um dos seus Ministérios. Qual a reação?
- “É um esquerdista. Fica aí dizendo que é independente, mas ta na cara que é um petista camuflado”.
Se escrever algo contra atitudes dela, do seu partido, ou se elogia alguém do PSDB ou algo do regime militar, por exemplo:
- “É um direitista. Foi a favor da ditadura. Diz que é independente, mas tem algum vínculo com a tortura do regime militar”.
O cérebro de galinha não pensa, não coloca nada entre o um e o dois. Você não tem o direito de ser totalmente desvinculado de bandeiras partidárias e idealismos inúteis.

 Cena 6
Se a criatura está num ambiente de trabalho, religioso, etc. e vê um casal se beijando:
- “Isto aqui não é motel, é lugar de respeito. Vocês deveriam se dar ao respeito”.
Aquele simples beijo é entendido como se fosse uma relação sexual, naquele lugar. E sempre a relação sexual é vista como imoralidade e desrespeito. Quem age assim, além da limitação mental, invariavelmente tem também muita carência sexual.

 Cena 7
Lê um livro, encontra um ou outro trecho que não lhe agrada ou que seja diferente daquilo que pensa ou que crê.
Qual a atitude?
- “Este livro é um absurdo! Não quero vê-lo aqui... é uma porcaria”.
Condena TODO o livro, NADA no livro presta, difama e proíbe TODA a obra. Isto é característica do extremista.
Por ser mente de minhoca, é incapaz de ver outros números entre o um e o dois.NADA no livro presta. Se você for examinar, com isenção, verá que a obra poderá ter passagens outras maravilhosas, embora haja livros, também, que você lê de cabo a rabo e não consegue vê nada de útil.

 Cena 8
O religioso lembra aos fiéis quanto a ajuda que deve ser dada à igreja, para a sua indispensável manutenção e sustentação, ou realiza algum evento que precisa angariar recursos para manter uma obra de caridade ou assistencial.
Qual a reação do cérebro de galinha?
- “Está querendo mercantilizar a fé! Está fazendo indústria de eventos.
Sempre compara todas as pessoas que realizam algo que necessita do dinheiro, com religiosos outros que ficaram bilionários a custa da religião, como muito ocorre no Brasil. Certamente são pessoas que possuem algum conflito no campo da honestidade, desta ou de outras vidas.

 Cena 9
O seu telefone celular toca, você atende, conversa um pouco e depois desliga.
A “figura” que vive ao seu lado, que você chama de namorado, namorada, marido, esposa ou amante, com a sua mentezinha estreita, questiona logo?
“Quem foi que te ligou? Eu quero saber...”
Fica com raiva, morrendo de ciúme e, na primeira oportunidade, lhe toma o aparelho para verificar o número que ligou. Faz um inferno por conta daquela ligação.
Na sua cabecinha estreita só consegue enxergar que foi alguma outra pessoa com a qual você supostamente namoraria, também. Por não ter conteúdo entre o um e o dois, não consegue entender que pode ter sido algum amigo, parente, colega de trabalho, gente da sua casa como irmão, pai, mãe e até ligação por engano. Não tem jeito, só consegue enxergar que foi ligação de namoro.

Enfim, são inúmeros os tipos de pessoas de mentes estreitas, que não têm noção das suas limitações e até, pelo contrário, querem se colocar como se fossem o máximo.
Mas há outras coisas que o mente estreita diz:

“Duvido que possa existir alguém que não tenha ciúmes”. - É o que acha a mente estreita de alguém que é contaminada pela doença estúpida do ciúme e, em sua mente estreita, acha que todo mundo tem que ter a mesma doença.
"Homem nenhum presta. Todos são iguais." - Certamente tem um animal dentro de casa, o qual chama de marido, (no nível que ela merece) e o elege como modelo de todos os homens, achando que todos são daquele jeito.     
“Duvido que exista político honesto”. Porque ouve falar sobre vários casos de elementos corruptos, safados e que entram na política, roubam e ficam milionários, conclui, na sua mente estreita, que todos os políticos são ladrões.
Há instituições religiosas que, no exagero da mente estreita, proíbem que se fale em política e até reagem pesado em cima de qualquer pessoa do seu meio que venha a ter alguma pretensão de entrar na política.
"A menina perdeu a virgindade??? Ai, meu Deus, então perdeu a honra" - Só mesmo uma mentezinha muito pequena para achar que a honra de uma moça está no seu hímen. Pra começar ninguém perde coisa inútil, como é o hímen, a gente só perde coisa que presta. A mulher burra diz "perdi a minha virgindade", a mulher inteligente diz "me livrei da virgindade".
“Baiano é preguiçoso... carioca é malandro... em Belém do Pará marca-se encontro antes e depois da chuva...” – Deixa-se formar cultura com base em brincadeiras da televisão, ditados populares, citações folclóricas e, por ter mente estreita, não se dá ao trabalho de pesquisar as verdades sobre as coisas e sai por aí a repetir um monte de besteiras, só porque alguns dizem.
“Se é rico, é ladrão. Com certeza roubou muita gente”. Na sua cabeça é impossível alguém vencer na vida e ficar bem financeiramente com inteligência, competência, dedicação, dignidade e honestidade.

 Nivela as outras pessoas por si

A criatura limitada, esta que no texto ilustro chamando de cérebro de minhoca, costuma conceber todas as outras pessoas conforme o seu nível mental e moral.
Por desconhecer significados reais de algumas palavras, ela as concebe sempre como ofensa. Por exemplo:
Lê a palavra “ignorante” como uma palavra ofensiva, porque, pela sua limitação, não sabe ou certamente não tenha profundidade para entender que a referida palavra significa “desconhecimento em alguma coisa”. Todos nós somos desconhecedores de muitas coisas, portanto, somos, sim, ignorantes em muitas coisas, o que é natural.
Por exemplo: Se uma pessoa, com raiva, chama outra de "filho de puta", um dos palavrões mais usados, existe aí, de fato, um objetivo de ofender mesmo a pessoa com a qual está falando. Não há intenção nenhuma de ofender a mãe da pessoa, visto que a frase é direta para com quem está falando. Mas há também quem utilize esta frase, de brincadeira, com algum amigo, no sentido de dizer que ele é gozador, é um brincalhão, etc...

Vou colocar uma outra ilustração para um melhor entendimento sobre a personalidade desse tipo de gente:
Se essa pessoa souber fazer apenas uma limonada, achará sempre impossível que alguém saiba fazer laranjada, abacatada, suco de morango e de diversas frutas.
No meio religioso você vê muito cérebro de minhoca. É aquele tipo de gente que, por ver tudo e todos conforme o SEU nível e a SUA cabeça, passa a conceber até o próprio Jesus e até Deusssss, com as suas mesmas imperfeições.
É aquele que admite que Deus castiga, que Jesus um determinado dia virá aqui para julgar os outros e mandar todo mundo para o inferno, e por aí vai.

Existe uma frase célebre do Mark Twain, que ouvi pela primeira vez da boca do meu ilustre amigo, Mestre Adagenor Lobato, em Belém, que diz o seguinte:

"Quando o único instrumento que você tem é um martelo, todo problema que aparece você trata como um prego.”
Mark Twain
.

É a pura verdade.
Um exemplo disto se verifica em muitas pessoas que afeiçoaram-se na área da gramática, gostam da área e se dedicaram mais nela, ou melhor, quase que exclusivamente nela.
Na sua ótica, toda pessoa outra que comete algum erro de português ou regra gramatical numa fala ou numa escrita, necessariamente é burra e analfabeta. Na sua ótica o conhecimento humano se resume exclusivamente nas regras gramaticais. É aquele tipo de gente que tem necessidade de viver apontando erros em falas e escritas dos outros, posto que, fazendo aquilo, se vê elevando, no martelo que ela tem na mão.
Não consegue entender que o outro pode ser mestre na Matemática, na Física, na Química, na Astronomia... e em várias outras áreas do conhecimento, muito mais relevantes que a sua área, que é restrita apenas ao país do idioma onde vive, ao passo que os outros conhecimentos são de abrangência mundial.
Não quero dizer, com isto, que não sejam úteis as colaborações de pessoas que fazem correções com objetivos únicos de auxiliar o expositor a falar melhor e ao escritor a escrever melhor. Essas, muito pelo contrário, são sempre bem vindas. É o caso da crítica verdadeiramente construtiva que coloquei em outro artigo.

Veja mais este exemplo de absurdo:

Lembro-me de um caso que já contei, através dos meus artigos, que é quando me foi apresentado um projeto de uma instituição de Caridade, que teria um salão para palestras e me pediram uma opinião.
Eu achei o espaço destinado ao salão de palestras pequeno demais e sugeri que aumentassem.
Aí uma imbecil de uma “diretora da casa”, prima do elemento que fez o projeto, contrariada, disse que eu estava querendo que o salão fosse do tamanho do Maracanã(maior estádio de futebol do país e do mundo).
Eu não tive conversa, como não costumo ter diante de gente tão extremista, e disse:
“De fato, eu estou sugerindo mesmo que se faça aqui um auditório exatamente do tamanho do Maracanã, para ter um espaço na arquibancada para a sua mãe assistir às palestras”.
Pode ser uma reação considerada grossa, mas para determinadas pessoas é o único nível de linguagem que elas entendem.

Concluindo

As pessoas não são iguais, nunca foram e nunca serão, neste plano. Do mesmo jeito que Jesus afirmou que“Pobres, sempre os tereis”, podemos ter certeza de que mentes de minhoca sempre teremos, também.
E quando ele se referiu a pobres, neste caso, não se tratava de pobres de comida, roupa e moradia não, eram pobres de espírito mesmo, pobres mentais, idiotas e burros.
Uma pessoa que tira conclusão sobre outra com base em ouvi dizer, que avalia uma obra com base em opinião dos outros, que deixa de ir ver um filme porque um crítico disse que não presta, que elege um livro como sagrado sem se dar ao trabalho de estudar a história da sua elaboração e as traduções que foram feitas dele, que vota em candidato que fez campanha milionária, que veste roupa só porque está na moda... etc. etc. etc. é um ser humano que tem direito ao Sol, ao ar e todos os direitos humanos, mas deve fazer algum esforço para melhorar a sua mente.
Eu tenho certeza, absoluta, de que você leu esta matéria pensando num monte de gente, que você conhece, que está muito bem enquadrada nos perfis que aqui coloquei.
          Para a apreciação de todos.

Com um forte abraço.  


 Alamar Régis Carvalho