quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Serviço Social no ambiente hospitalar

A importância do Serviço Social no ambiente hospitalar

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Equipe do Serviço Social, unidade Santa Catarina.
Equipe do Serviço Social, unidade Santa Catarina.

“A atuação do Assistente Social, no ambiente hospitalar, implica em reforçar as noções de cidadania e de direito à saúde e às demais políticas sociais junto ao paciente, familiares e responsáveis”. Com estas palavras, a chefe do Serviço Social do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, a Assistente Social Danille Sachetto Ribeiro, ressalta a importância deste profissional que comemora seu dia em 15 de maio.
O Serviço Social do HU conta com uma equipe de 21 pessoas, incluindo profissionais, residentes e estagiários, que oferecem à comunidade assistência nas Enfermarias e Ambulatórios das duas unidades. Entre as atividades oferecidas pela equipe estão: orientações sobre direitos trabalhistas e previdenciários, como auxílio-doença e aposentadoria; orientação sobre programas governamentais; contato com instituições que contribuam para a continuidade do tratamento do paciente; visitas domiciliares entre outras.
Nas Enfermarias da unidade Santa Catarina, o paciente participa de uma entrevista social, realizada no momento da internação, para avaliar possíveis encaminhamentos e orientações durante sua permanência no hospital. “Após o internamento, os pacientes e responsáveis recebem acompanhamento individual”, completa Danielle.
Além da assistência individual, o paciente internado e os acompanhantes são convidados a participar dos projetos de Educação à Saúde, vinculados aos programas de extensão da UFJF, desenvolvidos em cada Enfermaria. Entre estes estão: “Fala Mulher”, da Enfermaria Medicina de Mulheres; “DST/AIDS – Na Mira da Prevenção”, da Enfermaria Medicina de Homens; “Momento Cirúrgico”, da Enfermaria Cirúrgica, entre outros. O Serviço desenvolve, ainda, o Projeto Humanizar voltado para o resgate da cultura no espaço hospitalar, que abrange todas as Enfermarias.

No atendimento ambulatorial, realizado na unidade Dom Bosco, o HU disponibiliza um espaço físico que inclui quatro boxes para acolhimento integrado e uma sala de atendimento individual. “Nesta unidade, o Serviço realiza orientações sobre exames, encaminhamento do paciente para outros Serviços do Hospital ou para outras unidades da rede de saúde da cidade e marcações de consultas”, explica a Assistente Social.
Equipe do Serviço Social, unidade Dom Bosco.
Equipe do Serviço Social, unidade Dom Bosco.

Na unidade Dom Bosco, também são desenvolvidos trabalhos em ambulatórios específicos, como os Projetos de “Atenção Interdisciplinar aos pacientes em Controle de Hanseníase”; “Viver Melhor: Assistência integral às mulheres no climatério”; “Acompanhamento, Educação e Prevenção em Diabetes Mellitus ”; “Peito Aberto”, entre outros. Todos estes projetos envolvem uma equipe multiprofissional que oferece aos pacientes atendimentos em grupo e individual, além de atividades de sala de espera.
Durante a sala de espera, a equipe promove a divulgação dos Projetos e distribui folders com material educativo aos pacientes. “Este trabalho é desenvolvido com o intuito de reforçar a prevenção e promoção da saúde, transmitindo informações sobre determinados temas junto aos pacientes que aguardam consulta nas diferentes especialidades do HU”, enfatiza Daniele.
Para garantir a atualização dos Assistentes Sociais do Hospital, o Serviço promove reuniões mensais para toda equipe, nas quais são discutidos assuntos específicos da área. No próximo encontro, o tema abordado será o “Estatuto da Criança e Adolescente: implicações na saúde”. As atividades de ambulatório, na unidade Dom Bosco, acontecem, de segunda e sexta-feira, de 7 às 19 horas, de acordo com a demanda dos projetos e ambulatórios de especialidades. Nas enfermarias, o Serviço funciona, de segunda a sexta-feira, de 7 às 22 horas, e nos finais de semana e feriados em sistema de plantão de sobreaviso.

O ASSISTENTE SOCIAL.....

Serviço Social – Profissão
Serviço Social é uma profissão que exige muita dedicação do profissional da área, assim como todas hoje presentes no mercado de trabalho. Um assistente social ganha muito bem.
A profissão tem como objetivo interferir em algumas questões sociais, como abandono de crianças, problemas familiares, problemas com crianças carentes, enfim. O Serviço Social abrange varias áreas ao mesmo tempo.
Tem contribuições da Sociologia, Psicologia, Economia, Ciência Política, Filosofia, Antropologia. A intervenção feita é sempre para o bem ou para o melhoramento da vida de alguém que está com dificuldade.
Os assistentes sociais trabalham geralmente em hospitais, creches, administrações municipais ou ainda estaduais, clínicas, todo local que manipule pessoas que precisam de alguma maneira de ajuda.

SER ASSISTENTE SOCIAL..........


SOBRE A PROFISSÃO DE SERVIÇO SOCIAL
Texto elaborado pela Comissão de Orientação e Fiscalição Profissional - COFI - CFESS
  • Definição da profissão:
    A profissão Serviço Social foi regulamentada, no Brasil, em 1957, mas as primeiras escolas de formação profissional surgiram a partir de 1936.É uma profissão de nível superior e, para exercê-la, é necessário que o graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) do estado onde pretende atuar profissionalmente; há 24 CRESS e 3 delegacias de base estadual e o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), órgãos de fiscalização do exercício profissional no país, dando cobertura a todos os estados. A Lei que a regulamenta é a 8662/93. Desde seus primórdios aos dias atuais, a profissão tem se redefinido, considerando sua inserção na realidade social do Brasil, entendendo que seu significado social se expressa pela demanda de atuar nas seqüelas da questão social brasileira, que em outros termos, se revela nas desigualdades sociais e econômicas, objeto da atuação profissional, manifestas na pobreza, violência, fome, desemprego, carências materiais e existenciais, dentre outras. A atuação profissional se faz, prioritariamente, por meio de instituições que prestam serviços públicos destinados a atender pessoas e comunidades, que buscam apoio para desenvolverem sua autonomia, participação, exercício de cidadania e acesso aos direitos sociais e humanos; podem ser da rede do Estado, privada e ONG's. A formação profissional é generalista, permitindo apreender as questões sociais e psicosociais com uma base teórico-metodológica direcionada à compreensão dos processos relacionados à economia e política da realidade brasileira, contexto onde se gestam as políticas sociais para atendimento às mazelas da sociedade. Para um competente exercício profissional é necessário um continuado investimento na qualificação, podendo dispor de cursos de aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado disponíveis, capacitando-se em suas práticas específicas.
  • Áreas de atuação: 
    A atuação do assistente social se faz desenvolvendo ou propondo políticas públicas que possam responder pelo acesso dos segmentos de populações aos serviços e benefícios construídos e conquistados socialmente, principalmente, aquelas da área da Seguridade Social. De modo geral, as instituições que requisitam o profissional de Serviço Social se ocupam de problemáticas relacionadas a: crianças moradoras de rua, em trabalho precoce, com dificuldades familiares ou escolares, sem escola, em risco social, com deficiências, sem família, drogadictas, internadas, doentes; adultos desempregados, drogadictos, em conflito familiar ou conjugal, aprisionados, em conflito nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, organizados em grupos de interesses políticos em defesa de direitos, portadores de deficiências; idosos asilados, isolados, organizados em centros de convivência, hospitalizados, doentes; minorias étnicas e demais expressões da questão social. Devido à experiência acumulada no trabalho institucional, a (o) Assistente Social tem-se caracterizado pelo seu interesse, competência e intervenção na gestão de políticas públicas e hoje contribuindo efetivamente na construção e defesa delas, a exemplo do Sistema Único de Saúde - SUS, da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS e do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, participando de Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais, bem como das Conferências nos 3 níveis de governo, onde se traçam as diretrizes gerais de execução, controle e avaliação das políticas sociais.
  • Características profissionais:
    Aa formação do (da) Assistente Social é de cunho humanista, portanto, comprometida com valores que dignificam e respeitam as pessoas em suas diferenças e potencialidades, sem discriminação de qualquer natureza, tendo construído como projeto ético/ político e profissional, referendado em seu Código de Ética Profissional, o compromisso com a Liberdade, a Justiça e a Democracia. Para tal, o (a) Assistente Social deve desenvolver como postura profissional à capacidade crítica/reflexiva para compreender a problemática e as pessoas com as quais lida, exigindo-se a habilidade para comunicação e expressão oral e escrita, articulação política para proceder encaminhamentos técnico-operacionais, sensibilidade no trato com as pessoas, conhecimento teórico, capacidade para mobilização e organização.
  • Condições de trabalho:
    O (a) Assistente Social deve dispor de condições adequadas e dignas, asseguradas pelas instituições contratantes, que lhes permitam proceder à escuta, a reunião, os contatos e os encaminhamentos necessários à atuação técnica-operativa, em cumprimento aos artigos 4o. e 5o. da Lei 8662/93, das competências e atribuições profissionais. É preciso garantir recursos materiais e humanos para que sua atuação se realize de forma competente e efetiva, bem como que permitam o exercício do sigilo e dos princípios profissionais. Em geral, os (as) Assistentes Sociais são contratados/assalariados (as), mas registra-se, também, as práticas de caráter autônomo, afinal, legalmente reconhecido como "profissional liberal". A carga horária de trabalho deve considerar as atividades de planejamento, execução, estudos/pesquisas, avaliação e a relação com a "população" atendida, quantitativamente e qualitativamente. Assim, tem variado de 6 a 8 horas, ou até menos em casos de assessoriais e consultorias.
  • Qualificação requerida: 
    O curso, promovido por Universidades Públicas, Privadas e Comunitárias, tem-se realizado em 4 anos, no mínimo; essas praticam currículos orientados pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS), com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais, aprovadas em 1996. Em todo o país, há cerca de 90 escolas cadastradas, e muitas dispõem de cursos de pós-graduação, latu e stricto senso.
  • Inserção no mercado de trabalho: por meio de concursos públicos, processos seletivos, amplamente divulgados em órgãos de imprensa, ou em modalidades escolhidas para oferta de emprego ou solicitação de serviços técnicos especializados. É uma profissão que considera uma questão ética o submeter-se a processos transparentes, públicos, na medida em que se publica e defende princípios de democracia e de probidade.
  • Mercado de Trabalho: as instituições que têm contratado o (a) Assistente Social, em geral são: prefeituras, associações, entidades assistenciais e de apoio à luta por direitos, sistema judiciário e presidiário, sistema de saúde, empresas, sindicatos, sistema previdenciário, ONG's, centros comunitários, escolas, fundações, universidades, centros de pesquisa e assessoria. Como as injustiças sociais e a desigualdade são persistentes e estruturais, enquanto permanecerem haverá campo de atuação profissional; nesse sentido, é sempre possível expandir o "mercado de trabalho", ao tempo em que, contraditoriamente, fruto das mesmas injunções políticas e econômicas que enxugam o emprego no país, também retraem-se alguns campos, proporcionalmente ao universo de profissionais no país (cerca de 53.000, dados da última atualização do cadastramento dos CRESS). Há que se considerar em expansão, por exemplo,o contrato de prefeituras para planejamento/programação de políticas sociais, devido à interiorização/descentralização das políticas públicas; solicitação de assessorias ou consultorias em projetos e programas sociais; solicitação de projetos para captação de recursos; e outros.
  • Remuneração: não há uma lei de piso salarial; a categoria se organiza, em sua maioria, em sindicatos por ramos de atividade, tendo sua remuneração definida pelos contratos coletivos nas diversas áreas de trabalho. Assim, considerando-se as disparidades regionais e a lógica econômica, os salários têm variado, praticando-se de $400,00 a $5.000,00, a depender da área e da experiência profissional, da natureza técnica/política e teórico/metodológica. Existem hoje no País 05 Sindicatos de Assistentes Sociais e uma Federação Nacional
  • Informações sobre a profissão: Maiores informações sobre a profissão de Serviço Social, em nível nacional, podem ser encontradas na pagina do Conselho Federal de Serviço Social - CFESS: http://www.cfess.org.br e-mail: cfess@cfess.org.br ou ainda na pagina da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - ABEPSS: www.abepss.org.br . Nos estados as informações locais poderão ser acessadas através dos endereços dos Conselhos Regionais de Serviço Social - CRESS, localizados também na Home Page do CFESS.

TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL


Assistentes sociais trabalham pelos direitos da comunidade

Profissional é formado na carreira de serviço social.
Curso prepara para atuar em situações de desigualdades sociais.
Fernanda BassetteDo G1, em São Paulo
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Quando se fala em assistente social é quase impossível não pensar nos profissionais que atuam nos órgãos públicos em programas sociais e nas políticas públicas para a população carente das cidades. Formados em serviço social, estes profissionais promovem ações preventivas e trabalham para efetivar os direitos sociais da comunidade também na área de saúde, em empresas e ONGs. Este é o tema do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (12).

Foto: Noélia Ipê/Unesp
Alunas do curso de serviço social da Unesp durante atendimento (Foto: Noélia Ipê/Unesp)
"O curso tem como objetivo principal formar assistentes sociais capazes de compreender e atuar em diversas situações de desigualdades sociais. Geralmente o pobre é tratado diferentemente, seus direitos não são cumpridos. E são nessas situações que os assistentes sociais vão atuar, implementando propostas para a população carente", explicou a professora Vânia Maria Caio, diretora da Faculdade de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

Segundo a professora Raquel Sant'Ana, vice-coordenadora do conselho de curso da Faculdade de Serviço Social da Universidade Estadual Paulista (Unesp), esse profissional é quem aplica de fato as políticas de assistência social e, geralmente, ajuda na elaboração de propostas.
  
"A formulação do programa Bolsa Família, por exemplo, do Governo federal, teve a participação de assistentes sociais antes de ser implantado. Nas prefeituras, o assistente social ajuda na formulação de programas sociais e atua até a sua execução", afirmou a professora.