segunda-feira, 13 de agosto de 2012

MUDA AREIA BRANCA

























  MUDA AREIA BRANCA   
                
 SERÁ QUE VAMOS CONSERVAR AS OLIGARQUIAS...? 

           O mais grave de nossos problemas em nossa cultura política foi a criação de uma elite (uma nobreza atualizada nos padrões do século XX) pró-imperialista por tradição e vocação, simplesmente porque não sabe viver sem a tutela de uma cidade, seja ela Mossoró, no passado, ou Mossoró, no presente. Uma elite composta por um número relativamente pequeno de famílias, em relação à população brasileira total, hoje em torno de 160 milhões de pessoas. Essas famílias açambarcaram não só o poder político que lhes veio de geração em geração, como também o econômico.
          Em meio a tudo isso, vive uma população sem saúde, sem educação, sem direitos reais, sem renda, sem garantias mínimas de sobrevivência e sedada continuamente por uma mídia muito bem controlada pelos donos do poder que usam desde o futebol até os programas de entretenimento (=sedação coletiva) dos fins-de- semana. O noticiário sofre filtragens de acordo com os interesses do políticos (donos das emissoras) (FM 104); e burocratas do momento; os economistas fazem mil prognósticos que neurotizam o leigo e o letrado, deixando ambos emocionalmente vulneráveis a qualquer investida que o Governo faça nos impostos, taxas e tarifas, tudo em nome de um progresso (no conceito burguês, ou seja, aquisição de bens) ou de um "desenvolvimento sustentado" (em quê?), sempre jogado para um futuro que nunca chega.
         Uma população dividida entre os famintos, cujos grilhões na barriga não lhes deixa tempo para pensar em política, e uma outra parte com os grilhões nas mentes, sem espírito crítico para analisar e entender o que lhes ocorre em volta, fica fácil a prática do revezamento político, considerando que a população amedrontada continuará votando sempre nos mesmos, com medo de que qualquer mudança implique piora nas condições de vida, se é que isso é possível. Mas só haverá mudança quando o povo a desejar e lutar por ela. Enquanto isso... descasos pra lá, falcatruas prá cá,  às custas do contribuinte,  em tempos de crise (haverá realmente uma crise?). Por onde anda o resultado de uma das maiores arrecadações do  RIO GRANDE DO NORTE? O que está acontecendo com Arrecadação dos Impostos ? e os Royalties ? (e a população sem os benefícios básicos, e sem esperanças de desenvolvimento)?
 Por enquanto não há nada a comemorar nesses anos todos de alternância de poder" (?). A não ser a espoliação, a dominação, a destruição da cidade, a miséria e a fome de um povo acostumado a viver de esperança e treinado para manter no poder sempre os mesmos, ad infinitum.





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