segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PÃO E CIRCO




PANEM et CIRCENSES – PÃO E CIRCO
O motivo de dar festas ao povo é o mesmo dos imperadores ao darem pão e circo aos romanos ( PÃO - dinheiro público, CIRCO - festa)
Panem et Circences

         Ainda hoje a política do Pão e Circo da Roma antiga tem dado certo. Na verdade, vivemos a política do Pão e Circo: muitas vezes, em vez de buscar uma solução real para os problemas, como forma de oferecer condições de vida digna para a população, nosso governo decide um período festivo, ha um número de shows patrocinados ou por ele apoiados. Com esse pão e circo a popularidade do político vai as alturas, apesar do cenário político ser tão revoltante com explícita precariedade nos setores básicos da administração Não há manifestações, não há protestos e sim conformismo graças a política do Pão e Circo que tem funcionado muito bem. Esta situação ocorrida na Roma Antiga é muito parecida com o que ocorre atualmente. O motivo de dar festas ao povo é o mesmo dos imperadores ao darem pão e circo aos romanos (PÃO – dinheiro público, CIRCO – festas). Enquanto fazem maracutaias, distraem a população. Estes investimentos até fariam sentido se também fossem realizados, à priori, investimentos reais na saúde, educação, assistência social e qualificação da mão de obra, como cursos profissionalizantes, priorizando uma educação de qualidade para as crianças e jovens. Aquela velha frase “não se dá o peixe, se ensina a pescar” pode ser definida como princípio básico de desenvolvimento em qualquer sociedade e, ao invés dos circos romanos, dos gladiadores lutando no Coliseu, tem nosso carnaval, nossas arenas, nossos estádios de futebol. Somos apaixonados por estas festas, assim como os romanos que iam a peso assistir as lutas nos seus estádios. O efeito político, também é o mesmo nas duas épocas: os problemas são esquecidos e só pensamos nos resultados das festas e partidas de futebol, isso enquanto o carnaval não vem. Narciso morreu afogado por apaixonar-se pelo seu próprio reflexo no lago translúcido, em noite enluarada. Nesse aspecto encena a idéia de trunfo, que tudo está bem.
         Para quem não conhece muito da História mundial, a política do pão e circo foi uma prática utilizada pelos imperadores romanos na tentativa de desviar a atenção dos famintos cidadãos de Roma com a oferta de festivais de gladiação promovido nos coliseus e a distribuição de alimentos para que estes não emergissem contra o governo, promovendo revoluções e guerras.
         Otávio Augusto (27 a.C – 14 d.C) distribuía trigo a população e sistematicamente grandes espetáculos públicos. É nisto que consiste a política do pão e circo. Dar o mínimo de alimentos para os famintos e diversão para que desta forma a população esqueça dos problemas, diminuindo as chances de revoltas e manifestações, ou, no caso brasileiro, aumentando as chances de uma reeleição. Enquanto na Roma antiga eram fornecidos o pão e o circo, por aqui só vemos o circo. É bom lembrar que nada tem a ver com a nossa rica arte circense que tantas alegrias e boas lembranças nos trás. Nada contrário à realização de eventos festivos, mas tudo à favor da prioridade da Moralização das coisas públicas.
          O ser humano necessita de diversão, seja ela de que natureza for, participar da que for de seu agrado, tornar os momentos festivos como complemento de qualidade de vida, mas jamais aceitá-las como a prática política do Pão e Circo Romano ou como cortina ao descaso com o que é público. Em compensação os romanos deixaram notáveis ensinamentos no campo do Direito e da prática política, sendo o Direito Romano, a base da ciência do Direito de todos os povos contemporâneos.









Nenhum comentário:

Postar um comentário